2014-12-21

Crónicas numa Língua de Sal: Recife

08-12-2014 – Recife – Foi aqui o primeiro ponto que tocámos no continente brasileiro, como seguimos diretamente para uma marina com um sistema de segurança como só os brasileiros sabem fazer, ficámos com a ideia de estar num aquartelamento em território inimigo. No entanto quando começámos a sair verificámos que a população é afável, adora ajudar e é de uma alegria espantosa. Mas também vimos grupos de pessoas que habitam no passeio.

11-12-2014 Recife – A entrada num país de destino nem sempre é fácil, especialmente se o país é herdeiro da burocracia portuguesa como é o caso. Há muitas pequenas coisas a tratar que pelo facto de se ser estrangeiro demoram. Há quase uma semana que ando a ver se resolvo as burocracias relacionadas com o barco e comigo, pois tenho um visto prolongado o que obriga também a procedimentos diferentes dum turista normal. Depois há ainda o conseguir um telefone móvel com Internet e para isso é preciso ….. E tudo isto apesar das pessoas tentarem ajudar a resolver os problemas de uma forma sempre muito terna e amiga.
O centro da cidade está cheio durante a semana, com um comercio muito ativo onde é vulgar que as lojas tenham altifalantes para a rua a anunciarem as suas promoções como é usual nas nossas feiras. A parte antiga tem uma arquitetura rica embora bastante degradada. Em relação às novas construções são muitas e de altura superior aos 20 andares. Quando no aproximamos de barco a cidade tem o aspeto de uma grande metrópole à americana, toda espetada com arranha –céus. Estes novos edifícios são muitos e muito recentes.
O comercio é muito diferente do nosso, pode-se comer num vendedor ambulante uma enorme e deliciosa salada de fruta por R$ 2,5 , e é em barracas de calçada que se resolvem muitos dos problemas quotidianos como fazer uma chave ou recarregar um telemóvel.
Nos restaurantes o sistema da comida a quilo que já foi introduzido em Portugal exatamente por brasileiros é o mais comum.
O mercado central vende de tudo, desde peixe e carne passando por artesanato e mais sei lá o quê? Mas tem uma diferença, o número de pessoas é incomparavelmente maior. Também aqui os vendedores artesanais se queixam dos supermercados, local de preferência para muitos que a eles acedem de automóvel, pois tem parqueamento grátis, onde as compras são feitas por preços mais elevados e ainda por cima a credito para encarecer mais um pouco.

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