Um sonar chamado Nisulino

14-11-2014 – Estamos fundeados em Tarrafal – Santiago, e enquanto estamos fundeados, vamos observando muito da vida do mar dos locais. Foi assim que surgiu esta pequena história.

Estávamos fundeados na baía do Tarrafal e víamos aqueles pequenos barcos de pesca, não mais do que 5 ou 6 metros de comprido, apinhados com 7 ou 8 pessoas, uma empoleirada numa espécie de gávea. A coisa parecia estranha, nem com a ajuda dos binóculos consegui chegar a uma conclusão. Foi então que em conversa com o meu grande amigo Miguel, campeão surfista, pescador, guardador de iates, cosedor de velas, galã e sabe-se lá o que mais, que o assunto me foi explicado.
O barco saía com toda aquela gente para pescar com redes, havia no entanto um homem que era o vigia, que ia no ponto mais alto, a gávea, uma espécie de cesto num pequeno mastro, que é quem vê onde está o peixe para fazer o cerco. Como nem em todos os locais se pode lançar a rede eles esperavam pacientemente que o cardume se deslocasse para um local onde a rede pudesse ser lançada, seguindo o cardume a alguma distância até que o momento decisivo surgisse.
Assim este nosso vigia desempenhava o papel do Sonar para detetar o peixe. No barco de nome Saudade, o sonar é o Nisulino.

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